Eu

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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

A honra de todas as honras, me parecer com Anete. via @Linkis_com

A honra de Todas como honras, me Parecer com Anete. viaLinkis_com

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

FELIZ VOCÊ NOVO EM 2016


O mundo precisa de ser humanos melhores! Escreveu meu amigo Carlos Bregantim nas redes sociais, por ocasião do atentado em Paris. Na rede a bipolarização doentia que tomou conta do Brasil se fazia ecoar, as pessoas brigavam e se ofendiam porque se havia solidariedade aos franceses, logo você não era solidário aos mineiros, se era solidário aos mineiros, não era solidário aos jovens chacinados em Fortaleza, se defendia os refugiados sírios, logo lembravam que esqueceram dos nigerianos e botaram todos os muçulmanos num mesmo balaio. Até religiosos em suas redes brigavam pelo monopólio da generosidade religiosa, que sabiamente Ricardo Gondim lembrou que não era de nenhuma religião.
2016 está as portas e votos de energias positivas, felicidades, realizações são enviados de todos os cantos. Mas, só mudará o calendário. Para ser novo, 2016 precisará de novos humanos, uma nova Candida, um novo você.
Que em 2016 o seu coração de onde procede as saídas da vida seja perdoador, compassivo, misericordioso, que esteja pacificado consigo mesmo.
E assim com um coração pacificado seu olhar seja luz, seja amor, e você perceba o Outro de novas formas, mais tolerante, mais humanizado, com mais empatia, considerando-o maior do que você mesmo.
E assim o coração alimentando o olhar, o olhar alimentando o coração, nosso falar, que denuncia aquilo que vai em nosso coração seja sábio, seja vida, seja incentivo, seja abençoador. Até quando tiver que ser duro, admoestador, seja envolvido em amor.
Que seus ouvidos tenham uma escuta bonita, como diz Rubens Alves, uma escuta empática, silenciosa, sem julgamentos, acolhedora, que seja uma escuta da alma e não da mente.
E que tuas mãos se apressem a socorrer e acolher o Outro, mesmo que ele seja diferente, pense diferente, aja diferente. Porque nas diferenças aprendemos mais.
Que teus pés se apressem a fazer o bem sem olhar a quem. O bem do sorriso, do abraço, da palavra de carinho e incentivo, o bem da lealdade, do amor, da verdade, do carinho, da presença, o bem das coisas pequenas, aquelas que realmente valem a pena.
Que ao atravessar os desertos da vida, sejam os seus ou de outros você os faça mananciais, que ande pela fé, como diz Gil: “a fé não costuma faiá”.
Em 2016 pratique o desapego e junte tesouros nos céus, os tesouros do espirito e não os que a traça corrói e os ladrões roubam: junte muita humildade, solidariedade, verdade, mansidão, bondade, paz e principalmente amor. O amor cobre a multidão de transgressões, transborda perdão, traz reconciliação, une as impossibilidades.
Deixe de lado ambições tolas de poder, fortalezas tolas como dinheiro e beleza…elas acabam.
Seja mais humano. Não o mais pior dos humanos, seja o que há de melhor no “ser” humano, seja o melhor ser humano possível...começando em casa, com seus parentes, com o vizinho, com o próximo, com o desconhecido....
Uma corrente de seres humanos do bem. Que se conecta com outro, mais outro, mais outros e mais outro…assim por diante...
Então sim, teremos um Novo 2016, feito de seres humanos melhores. Eu, você, somos os únicos capazes de fazer 2016 ser diferente.
Por isso lhe desejo UM FELIZ VOCÊ NOVO em 2016.

Candida Maria



quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

MUITA HIPOCRISIA NA NOITE DE NATAL



Jesus nasceu pobre, na periferia, distante dos ricos, das elites, dos poderosos, dos palácios, do luxo e das riquezas. Como pobre, sentiu as dores do povo oprimido, injustiçado, ferido na sua dignidade de pessoa humana. Aliás, toda sua vida foi voltada para os pobres. Basta ver o sermão da montanha. “Felizes os pobres, os que passam fome, os mansos (amansados), os que são perseguidos por causa da justiça...” (Mateus 5: 1-11).

            É natal! Muitos templos suntuosos, enfeitados, iluminados, com suas apoteóticas celebrações litúrgicas, porém vazias de anúncio e denúncia profética. O anúncio do Reino de Deus para os pobres, os pequenos, passa distante. Nada de veemente grito profético em defesa dos que clamam por justiça, vida, dignidade.  

É natal! Muitos aplausos para Jesus, muitas mensagens de felicitações, muitas confraternizações, com comidas e bebidas caríssimas, porém, pouca sensibilidade humano-cristã diante dos sofrimentos de tantos irmãos nossos, vítimas das  drogas, do trabalho escravo, da exploração sexual, do preconceito, da discriminação, da fome, miséria, exclusão social e de tantas injustiças.  

            É natal! Na noite festiva do natal do menino Jesus, milhares de crianças, na América Latina, na África, no Oriente Médio, vão dormir ao relento, com frio, fome e sede. Seu silêncio infantil será uma oração clamorosa subindo aos céus, mas os ouvidos de muitos cristãos estarão moucos nessas horas.

            É natal! No dia do nascimento de Jesus pobre, esfarrapado, milhões de seres humanos, filhos amados de Deus, estarão gritando por socorro, por clemência, pelas nossas mãos solidárias, mas muitos cristãos dirão que não têm nada a ver.

É Natal!  E Jesus Cristo chora e lamenta na pessoa das vítimas das atrocidades das guerras promovidas por governantes que se rotulam de adoradores de Deus ou cristãos, mas esses ditos crentes dirão que é preciso usar a força bélica para destruir a força do mal.
            É natal! Muita festa pra Jesus no céu, e nada pra Jesus na terra.  Aliás, para muitos, o verdadeiro Jesus não será o centro da festa cristã. Quanta hipocrisia, farisaísmo!

            E o Natal do verdadeiro Jesus, onde acontece? Acontece em cada pessoa humana desprezada, maltratada, destruída, destroçada, injustiçada, ferida na sua dignidade e agredida nos seus direitos inalienáveis. Então é Natal de Jesus na pessoa do pobre!       

Padre Djacy brasileiro, em 17 de dezembro de 2015.
Twitter: @padredjacy

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Ele vê a Lua e meu coração derrama chuva de prata em poemas

Lua, minha Deusa, te contemplo aqui, tão longe e distante.
 Meu coração apaixonado bate mais forte,
 mas silencio o nome que as palavras encantadas,
 não podem desvelar e nem revelar. 
Quisera, Lua, minha Deusa que me concedesses o meu oculto sonho
e iluminasse o coração...
que sem temor ao olhar o céu de estrelas,
fosse eu a Lua, Deusa.
Tua derramando a luz de prata, bem assim: Apaixonados ♡♡♥


LOUCURA! BLASFÊMIA!


Num tempo
O Deus do tempo
no tempo adentrou
para ser um de nós.
Loucura!
Blasfêmia!
Disforme no oculto ventre
amamentado
cuidado, frágil,
carente como um de nós!
Loucura!
Blasfêmia!
Menino, travesso
Menino, sábio
de espantar os sabidos
era, apenas menino
tão menino como um de nós!
Blasfêmia!
Loucura!
E, quando homem
saiu resoluto
a enfrentar seu destino
que nos salva do desatino!
E para tal se fez um de nós!
Blasfêmia!
Loucura!
No ventre oculto da terra
a morte em vão espera
Vencida e tragada
Ressurreto, então, Ele impera
É o primeiro de nós!
Blasfêmia
Loucura!
E assim é Natal
Uma blasfema loucura
que olhos nunca viram
e nunca mais verão
Porque só se compreende
Que Cristo se tornou
um de nós
Por puro e completo Amor,
Quem olha, ouve e vê
com a Luz que brilha
no coração.
Jesus, se tornou um de nós!


quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Purgatório!


Se existe um purgatório
Lá está meu coração
Não vive mais na terra dos vivos
Mas, não alcançou o céu,
Nem o amor e nem a paixão.

O céu dos amantes é a correspondência,
A cumplicidade
As palavras ditas que nos beijam
O nome desvelado do amor
O abraço perdido
Em laços de braços e pernas
Que fazem o tempo parar
E espantam a morte.
A terra dos amantes é a procura
O momento do encantamento
O poema inspirado
Um beijo esperado
A expectativa do que não é
Mas, pode vir a ser.
E o lugar de uma certa esperança
De uma descoberta
Redescoberta....

O purgatório dos amantes é a desilusão
E o amar sem ser amado
A solidão.
É o desejo de voltar a terra se possível
E começar de novo!
Mas, visto que já se está morto
Nada mais há a fazer.

O purgatório é lugar da agonia,
Da saudade, do desejo, do pulsar amor
E o coração saber que é tudo vão.
Por mais gestos e palavras.
Sejam poemas
E mesmo que nunca ditas
As palavras que beijam
Nunca são recebidas.
E o lugar da casa vazia
Dá esperança morta
Das lágrimas escondidas
Dos suspiros profundos
De noites sem dia.
Há salvação nesse purgatório?
Não sei.
Só sei que nele há solidão,
Duras realidades, dores vivas.
Músicas que transpassam a alma
E silencio que mortifica.
Não se escapa do purgatório sem interferência divina
Ou até que tudo o que se sente
Seja exaurido
Até o fim...
Quem sabe ao sair do purgatório se volte a terra
E recomece uma nova história?
Ou sabe-se lá que depois de purgar
Todo amor rejeitado
Se acabe no inferno do cinismo
Dos corações feridos,
Desiludidos e maltratados?
E nunca mais se emocione com um verso
Nem com as palavras que nos beijam
Com a chuva que caí na janela?
E tudo seja naturalmente um acaso fortuito
Mesmo que nesse acaso os corpos se encontrem
Em abraços contra morte
E no calor do acaso
Atinjam suavemente o céu por um instante.
E voltem a terra
E depois nada aconteceu...
E tudo naturalmente volte a ser como antes
Sem lembrança,
Sem versos,
Sem palavras que beijem a boca
Sem emoção do amor
Nem a loucura da paixão.