Meu sorriso Ele não é feito de futilidades por trás dele já desceram muitas lágrimas. Meu sorriso Ele não é feito de fantasias por trás dele já doeram muitas realidades. Candida Maria
Eu
terça-feira, 31 de março de 2015
Martinho da Vila - Sonho De Um Sonho
CONTINUEMOS A CONSTRUIR O SONHO DE LIBERDADE, DIREITOS E DIVERSIDADE!
Elis Regina - Como Nossos Pais
QUE POSSAMOS VIVER DIFERENTE DE NOSSOS PAIS, SEM MORTE, BARBÁRIE E COM LIBERDADE!
Geraldo vandré ( ao vivo no maracanãzinho )
31 DE MARÇO UM DIA PARA NUNCA MAIS ESQUECER, NUNCA MAIS ACONTECER!
domingo, 29 de março de 2015
Maria
Seus sonhos eram comuns: casar e ter muitos filhos, cuidar de sua casa e de seu esposo... Andava as voltas com os preparativos de seu casamento, o que mais podia importar? Às vezes ao ver seu povo tão oprimido sentia-se culpada por ser tão feliz!
Então, o visitante na noite, o anjo, chamado: Gabriel e lhe contou um segredo: Iria ser mãe do Emanuel!
Medo, ansiedade, apreensão e fé, misturaram-se em seu coração. Creu e se submeteu.
Dentro dela Ele mexeu, sim Ele estava ali... seu ventre crescia, o Emanuel era gerado no oculto do seu ventre, dentro do seu ser, em suas entranhas a Vida Divina se irrompia.
Ela nutria a Vida que lhe trazia vida, ela nutria o Emanuel... ela era o primeiro templo de Deus!
Nela Deus vivia, ia com ela aonde fosse, se todos se fossem, Maria nunca sentiria solidão, Emanuel era realidade para ela.
Seu coração guardava a emoção num silencio que somente Deus compreendia... quem sabe chorou escondida a alegria inexplicável, inconcebível para todos engravidar de Cristo, o gerar dentro de si.
Ah, ela não era Deus, não... ela não tinha um Deus dentro dela como partícula dele mesmo, não...ela não era mãe de Deus, não...
Ela era apenas uma mulher, como tantas mulheres... uma jovem como tantas jovens...mas, um dia o imenso Amor de Deus veio habitar nela, veio habitar em suas entranhas, veio habitar seu ser, veio fazer dela sua morada, veio lhe trazer a notícia mais inexplicável, veio contar para ela na emoção daquela gestação: Jesus pode ser gerado dentro de nós!
Quando Ele nasceu, Maria aprendeu antes de Nicodemos e do apóstolo Paulo, que era preciso nascer de novo, que era preciso gerar Cristo em si para nascer na vida de Deus!
Antes de todos... quem nasceu foi Maria, enquanto seu corpo abrigava a Vida Divina, aquele bebe abrigava a alma de Maria. Ela o gerou em seu corpo, Ele a gerou no Seu Espírito.
Quando Ele nasceu Emanuel... Maria nasceu para vida eterna!
Lucas 1.26-38.
Então, o visitante na noite, o anjo, chamado: Gabriel e lhe contou um segredo: Iria ser mãe do Emanuel!
Medo, ansiedade, apreensão e fé, misturaram-se em seu coração. Creu e se submeteu.
Dentro dela Ele mexeu, sim Ele estava ali... seu ventre crescia, o Emanuel era gerado no oculto do seu ventre, dentro do seu ser, em suas entranhas a Vida Divina se irrompia.
Ela nutria a Vida que lhe trazia vida, ela nutria o Emanuel... ela era o primeiro templo de Deus!
Nela Deus vivia, ia com ela aonde fosse, se todos se fossem, Maria nunca sentiria solidão, Emanuel era realidade para ela.
Seu coração guardava a emoção num silencio que somente Deus compreendia... quem sabe chorou escondida a alegria inexplicável, inconcebível para todos engravidar de Cristo, o gerar dentro de si.
Ah, ela não era Deus, não... ela não tinha um Deus dentro dela como partícula dele mesmo, não...ela não era mãe de Deus, não...
Ela era apenas uma mulher, como tantas mulheres... uma jovem como tantas jovens...mas, um dia o imenso Amor de Deus veio habitar nela, veio habitar em suas entranhas, veio habitar seu ser, veio fazer dela sua morada, veio lhe trazer a notícia mais inexplicável, veio contar para ela na emoção daquela gestação: Jesus pode ser gerado dentro de nós!
Quando Ele nasceu, Maria aprendeu antes de Nicodemos e do apóstolo Paulo, que era preciso nascer de novo, que era preciso gerar Cristo em si para nascer na vida de Deus!
Antes de todos... quem nasceu foi Maria, enquanto seu corpo abrigava a Vida Divina, aquele bebe abrigava a alma de Maria. Ela o gerou em seu corpo, Ele a gerou no Seu Espírito.
Quando Ele nasceu Emanuel... Maria nasceu para vida eterna!
Lucas 1.26-38.
Candida Maria/2006
ROSTO NO ESPELHO
Olho no espelho e contemplo a face
Já possuí marca do tempo
Não sou mais uma menina
Virei mulher
Mas, quem é essa mulher que vejo?
Forte, decidida, corajosa, rocha
Abrigo para o cansado,
Ouvido para o desalentado
Companheira do solitário
Cúmplice, amiga, parceira!
Mas, quem é essa mulher que vejo?
Tecendo sonhos fantasiosos
Como a adolescente de outrora
Paixões platônicas,
Enganos tecidos por ela mesma
Deixando o coração entrar na ciranda
Uma ciranda vazia de um coração vazio.
Mas, quem é essa mulher que vejo?
Não se pode permitir
as fantasias de adolescente
a maturidade não as permite mais
o tempo passou, as experiencias
E a verdade, mais dura como aço
Se impõe
E palavras doces, mentiras sinceras
Não me interessam
Mas, quem é essa mulher que vejo?
Ela aprendeu tantas vezes com a decepção
que sabe que não mata,
Sabe que o tombo é só um tombo
E que se levantar
Todo dia, a cada dia
Faz parte de sua sina
Porque ela é rocha, feita de muitos pedaços colados
E que a vida está nas mãos dela
Essa é a mulher que contemplo no espelho;
CANDIDA MARIA
RJ, Outono de 2015
quarta-feira, 25 de março de 2015
UM DEUS DA CIDADANIA?
É
costume creditar a ideia de cidadania na antiguidade aos romanos e gregos,
historicamente os primeiros a definirem de forma jurídica o status de cidadão.
Contudo, o primeiro povo a ter uma legislação que ordenasse as relações sociais
e buscasse a inclusão foram os Hebreus.
Jaime
Pinsky em seu livro História da Cidadania mostra-nos no capitulo intitulado Os
Profetas Sociais e o Deus da Cidadania como o povo hebreu através do
Deuteronômio e dos Profetas mostram a preocupação com a equidade social e
principalmente com os mais necessitados do grupo.
O
próprio caráter da formação do povo hebreu passando pela escravidão de
quatrocentos anos no Egito propicia uma formação diferenciada de outros povos.
Credita-se
aos judeus a disseminação do monoteísmo, mas, sabe-se que outros povos também
praticavam em tempos diversos a adoração monoteísta. Contudo, o Deus adorado
pelos judeus tinha um diferencial dos que eram adorados na mesma época. Para
além dos sacrifícios costumeiramente feitos, celebrações, esse era um Deus que
exigia uma vida ética. Para ele nada adiantava os sacrifícios se não fosse
consequência de uma vida ética, principalmente no cuidado com o pobre.
“A
doutrinação dos chamados profetas sociais estabelece os fundamentos do monoteísmo
ético, que é, por sua vez, a base das grandes religiões ocidentais
(cristianismo e islamismo, além do judaísmo) e se constitui, provavelmente, na
primeira expressão documentada e politicamente relevante (até por suas
consequências históricas) do que poderíamos chamar de pré-história da
cidadania.” ( Pinsky, 2006, 17)
O Deus
tribal que vencia as guerras era, também, o Deus que exigia uma vida reta e que
punia severamente a atitude de indiferença em relação aos seus semelhantes. O
Senhor Jeová demonstrar sua preocupação não apenas 5 com a santidade de seu povo, mas que, essa santidade se
refletisse em relações mais justas entre os homens. Desta forma o Deus hebreu
foi uma das primeiras divindades, talvez a única a preocupar-se com a cidadania
e estabelecer as bases para seu exercício, como forma de virtude do homem reto.
Na lei
acerca da justiça, Deus ordena ao povo de Israel: “Não perverterás o
direito do teu pobre na sua demanda”. Êxodo 23. 6.
O homem
justo, cumpridor da lei, era aquele que não praticava nem o roubo, a usura, a
cobiça e se responsabilizava pelos pobres da sua terra, não se esquecendo de
lhes fazer justiça e não lhes pervertendo o direito.
Para
garantir que não houvesse fome entre os necessitados e estrangeiros, Deus
determina a Lei da Rebusca: “Quando também fizerdes a colheita
da vossa terra, o canto do teu campo não segarás totalmente, nem
as espigas caídas colherás da tua sega. Semelhantemente não rabiscarás
a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha; deixa-los- ás
ao pobre e ao estrangeiro. Eu sou o Senhor vosso Deus”. Levíticos 23.
9-1. O dono das terras deveria colher somente aquilo que lhe fosse
necessário e não se esquecer de repartir sua colheita com aqueles que não
possuíam terras e necessitavam de comida.
No Êxodo,
mais propriamente no decálogo, os quatro primeiros mandamentos versam sobre o
relacionamento entre Deus e os homens (os seis últimos entre o homem e seu
próximo). Os seis últimos mandamentos poderiam ser resumidos como a garantia de
que um não irá desapropriar o outro, seja em suas propriedades, seja em suas
relações afetivas. A expropriação, a opressão, a cobiça desmedida em possuir
mais do que aquilo que se pode viver é condenada no decálogo e é quebra dos
mandamentos de
Deus. Uma
consequente quebra dos quatro primeiros mandamentos, porque ninguém que viva os
quatro primeiros mandamentos, poderá deixar de viver os seis últimos. Seria
hipocrisia.
Na
legislação social que regia a vida em sociedade de Israel, o Deus
Hebreu se
apresenta como um Deus da Cidadania observemos a sua preocupação em instruir
Moisés sobre a garantia do direito de todos, principalmente do pobre, do
estrangeiro e da viúva. Como citados acima, vale 6 lembrar
a lei de remissão, quando ao sétimo ano, do uso de terras por dívida, o judeu
era obrigado a devolver a terra aos seus donos: “Guarda-te, que não
haja palavra perversa no teu coração, dizendo: Vai-se aproximando o
sétimo ano, o ano da remissão; e que o teu olho seja maligno para com
teu irmão pobre, e não lhe dês nada; e que ele clame contra ti ao Senhor,
e que haja em ti pecado”. Deuteronômios 15.9
Em Rute
3. 8, encontramos, também, a prática da Lei do Remidor, para o amparo da viúva
sem descendente, a Lei da Vinha idêntica a Lei da Rebusca, a Lei da Remissão do
escravo após sete anos (Deuteronômio 15); a alforria
(Deuteronômio
15.12), leis diversas sobre o relacionamento em sociedade
(Deuteronômio
23.11-25) e a Lei da Herança das filhas (Números 36).
Os livros
poéticos, Salmos e Provérbios, nos dão conta do caráter do
Deus da
Cidadania.
Observe
os seguintes textos:
“Tu o
viste, porque atentas para o trabalho e enfado, para o retribuir com tuas mãos;
a ti o pobre se encomenda; tu és o auxílio do órfão. Salmos”. 10. 14
“Compadecer-se-á
do pobre e do aflito, e salvará as almas dos necessitados”. Salmos 72. 13
“Fazei
justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado”. Salmos 82.3
“Pois se
porá à direita do pobre, para o livrar dos que condenam a sua alma”. Salmos
109.31
“O que
oprime o pobre insulta àquele que o criou, mas o que se compadece do
necessitado o honra”. Provérbios. 14.31
“O que
escarnece do pobre insulta ao seu Criador, o que se alegra da calamidade não
ficará impune”. Provérbios 15.5
Os
profetas sociais iniciam sua pregação com a condenação do povo de
Israel ao
cativeiro. São eles os denunciantes de que o povo havia se afastado da ética
social e passara a oprimir o pobre e perverter o direito. Isso mesmo, uma noção
de direito assegurado se fazia presente em toda legislação deste povo, que se
iniciou no século VIII a.C e se estendeu até o período do profetismo. 7
Observemos
a coletânea de falas dos profetas que demonstram isso para nós.
Do
profeta Isaías: “Ai de vocês que adquirem casas e mais casas, propriedades e
mais propriedades, até não haver mais lugar para ninguém e vocês se tornarem os
senhores absolutos da terra!” (Is 5.8, NVI).
Do
profeta Jeremias: “Ai daquele que constrói o seu palácio por meios corruptos,
seus aposentos, pela injustiça, fazendo os seus compatriotas trabalharem por
nada, sem pagar-lhes o devido salário” (Jr 22.13, NVI).
Do
profeta Ezequiel: “Você empresta a juros, visando lucro, e obtém ganhos
injustos, extorquindo o próximo... Mas você me verá batendo as minhas mãos uma
na outra contra os ganhos injustos que você obteve e contra o sangue que você
derramou” (Ez 22.12,13, NVI)
Do
profeta Amós: “Vocês estão transformando o direito em amargura e atirando a
justiça ao chão... impedem que se faça justiça aos pobres nos tribunais” (Am
5.7, 12).
Do
profeta Miquéias: “Ai daqueles que... cobiçam terrenos e se apoderam deles;
cobiçam casas e as tomam... Vocês deveriam conhecer a justiça!
Mas...
arrancam a pele do meu povo e a carne dos seus ossos... Os ricos que vivem
entre vocês são violentos” (Mq 2.1,2; 3.1,2; 6.12, NVI)
Do
profeta Naum: “Ai da cidade sanguinária, repleta de fraudes e cheia de roubos,
sempre fazendo as suas vítimas!” (Na 3.1, NVI)
Do
profeta Habacuque: “A destruição e a violência estão diante de mim; há luta e
conflito por todo lado. Por isso a lei se enfraquece e a justiça nunca
prevalece. Os ímpios prejudicam os justos, e assim a justiça é pervertida...
Ai
daquele que obtém lucros injustos para a sua casa, para
pôr seu ninho no alto e escapar das garras do mal!” (Hc 1.3,4; 2.9, NVI.)
Esses
profetas ao tomar nas mãos a bandeira dos pobres foram grandes revolucionários,
na crítica moral e ética que faziam ao Israel de seu tempo, tentavam regressar
a um passado idealizado de relações sociais diferentes, acreditavam num modelo
de sociedade justa, um parâmetro não existente de relações entre os indivíduos
naquela época. 8
“Pela
primeira vez desde que o mundo era mundo, ouviu-se com tamanha intensidade o
grito dos oprimidos e dos injustiçados.” (Pinsky, 2006, 27)
O Antigo
Testamento nos conta de um Deus que “ouve o clamor do pobre”, “um Deus que
se levanta para auxiliá-lo” e mais do que isso: um
Deus que
legislou a favor deles, garantindo-lhes direitos e condenando severamente a
quem pervertesse e tripudiasse os seus direitos. Esse é um legado que o
monoteísmo ético dos judeus nos deixa e nos faz refletir sobre relações justas
e cidadania. Esses profetas rompem com o Deus do templo, qualquer Deus
engessado, distante, e criam o Deus da Cidadania.
“Por
causa da opressão dos pobres, e do gemido dos necessitados, levantar-me-ei
agora, diz o Senhor; porei em segurança quem por ela suspira”. (Sl 12. 5, NVI)
A idéia
de cidadania nasce na Grécia
Na Grécia
eram considerados cidadãos somente aqueles que estivessem em condições de
opinar sobre os rumos das cidades-estados. Mas, quem estava nessas condições?
Somente um homem livre, que não necessitasse trabalhar para sobreviver, uma vez
que o envolvimento nos negócios públicos exigia dedicação integral. Desta
forma, o número de cidadãos era muito reduzido, que excluíam além dos homens
trabalhadores tais como comerciantes e artesãos, as mulheres, os escravos e os
estrangeiros. Praticamente apenas os proprietários de terras eram livres para
ter o direito de decidir sobre o governo. A cidadania grega era entendida apenas
por direitos políticos, identificados com a participação nas decisões sobre a
coletividade.
“Pertencer
à comunidade da cidade-estado não era, portanto, algo de pouca monta, mas um
privilegio guardado com zelo, cuidadosamente vigiado por meio de registros escritos
e conferidos com rigor. 9
Como já
ressaltava o filosofo grego Aristóteles, fora da cidade-estado não havia
indivíduos plenos e livres, com direitos e garantias sobre sua pessoa e seus
bens. Pertencer à comunidade era participar de todo um ciclo próprio da vida
cotidiana, com seus ritos, costumes, regras, festividades, crenças e relações
pessoais.” (GURINELLO, 2006:35)
Um fator
importante de se observar é o caráter excludente da cidadania, muito diferente
do que compreendemos hoje. Apenas uma classe de cidadãos podia exercer a
plenitude da cidadania havendo até mesmo uma divisão censitária; é a partir das
reformas de Clístenes (509 a.c.), que a cidadania passará a ser estendida a
todos os cidadãos, inclusive com o exercício de cargos públicos. Contudo, é
preciso enfatizar que são cidadãos os homens livres e abastados.
A
igualdade é resultado da organização humana, que por intermédio das
instituições, busca igualar as diferenças, este é o caso da polis, que
tornava os homens iguais através da lei, não ter o acesso à esfera pública
equivalia à perda da igualdade. Assim o indivíduo, destituído da cidadania e
submetido à esfera privada, não usufruía os direitos, vinculada às atividades
de sobrevivência do indivíduo, a esfera privada, era o espaço de sujeição da
mulher, do escravo e dos filhos, todos, destituídos de direitos, ficavam sob o
domínio despótico do chefe de família.
È
importante lembrar que o Estado à época de Roma e Grécia, se podemos assim
chamá-los, não tinha a feição que hoje lhe é conferida; era na verdade, mais um
prolongamento da família, pois esta era a base da sociedade, indivíduo
encontrava-se completamente absorvido pela Cidade- Estado.
Um
cidadão Romano
Em Roma,
assim como na Grécia, cidadania era compreendida como a capacidade para exercer
direitos políticos e civis, distinguindo entre os que possuíam essa qualidade e
os que não a possuíam. Desta forma a cidadania romana era atribuída somente aos
homens livres, mas nem todos os homens livres. Em Roma existiam três classes
sociais: os patrícios que se agrupavam
10 em grandes famílias, conhecidas como gentes e que
descendiam, segundo eles, dos
fundadores de Roma, eram uma oligarquia de proprietários rurais e que mantinham o monopólio dos cargos públicos e mesmo os
religiosos.
Segundo
FUNARI, (2006: 50) “eram, assim, os únicos cidadãos de pleno direito”.
Os
plebeus nasceram como grupo na luta contra os privilégios dos patrícios (vemos
aqui um componente importante da cidadania, a luta de movimentos organizados
por direito plenos) usava-se este termo para englobar todos os cidadãos romanos
sem os mesmos direitos dos oligarcas. Eram os camponeses livres e pobres,
artesãos urbanos, comerciantes e também descendentes dos estrangeiros
residentes em Roma. Os escravos prisioneiros de guerra e os que não saldavam
suas dívidas até o século II a.C, eram basicamente domésticos, sendo
propriedade do patriarca e faziam parte da família, muitas vezes a pobreza dos
camponeses e trabalhadores urbanos podia levá-los a escravidão por dívida.
Havia também os clientes, “aquele que obedecem a um patrício” que mantinham uma
relação de fidelidade ao patrono, a quem deviam apoio e de quem recebiam terra
e proteção. Podiam até mesmo ganhar independência e passar a integrar a plebe,
mas, o contrário podia acontecer também, um plebeu tornar-se cliente, mas isso
não era comum.
Os
plebeus apesar de homens livres, não eram considerados cidadãos, privilégio
exclusivo dos patrícios, que gozavam de todos os direitos políticos, civis e
religiosos. Isso foi motivo para várias lutas internas, entre patrícios e plebeus.
O Rei Sérvio Túlio promoveu uma reforma dando aos plebeus acesso ao serviço
militar e lhes assegurando alguns direitos políticos. Mas somente com a
elaboração da famosa Lei das Doze Tábuas, em 450 a.C e que foi assegurada aos
plebeus uma maior participação política, devido à expansão militar romana.
“Os
conflitos internos na sociedade romana tornaram-se mais evidentes a partir da
Republica, quando os romanos passaram a guerrear em outras cidades sem a retaguarda
etrusca monárquica. O poder de barganha da plebe aumentava, uma vez que o
exército passou a depender cada vez mais dos soldados plebeus, tanto cavaleiros
não patrícios quanto infantes. Isso resultou 11 nas
chamadas “secessões” da plebe, que ameaçavam abandonar a defesa da cidade se os
patrícios não concedessem direitos civis. Os dois grandes episódios do gênero
foram em 494 e 449 a.C, abrindo caminho para conquistas da cidadania.” (FUNARI,
2006:52)
No
Direito Romano fazia uma regulação das diferenças entre cidadãos e não-cidadãos,
o direito civil regulamentava a vida do cidadão, ou seja, patrícios, e o
direito estrangeiro era aplicado a todos os habitantes do império que não eram
considerados cidadãos, pebleus, clientes e escravos.
Em 212
d.C., Caracalla, na célebre Constitutio Antoniniana, concedeu a cidadania
a quase todos os habitantes do Império. As exceções que subsistiram
desapareceram com Justiniano.
Percebemos
que o Direito Romano, apesar de proteger as liberdades individuais e reconhecer
a autonomia da família não assegurava a entre os homens, admitindo a escravidão
e discriminando os despossuídos. Ao lado da desigualdade extrema entre homens
livres e escravos, o Direito Romano admitia a desigualdade entre os próprios
indivíduos livres, institucionalizando a exclusão social.
Contudo,
as lutas populares, tanto de plebeus, como de escravos para assegurar direitos
de cidadania abriram espaço para praticas que serão consolidadas na sociedade
moderna.
Tempos
das Trevas, uma incubadora para a cidadania moderna
Na Idade
Média, ocorrem profundas alterações nas estruturas sociais, sendo esta marcada
por uma sociedade com uma rígida hierarquia de classes sociais: clero, nobreza
e servos (também os vilões e os homens livres).
A Igreja
Católica Apostólica Romana passou a ser instituição básica do processo de
transição para o período medieval. As relações cidadão-Estado, antes reguladas
pelo Império Romano, agora decadente, passam a ser controlada pelos ditames da
Igreja Católica, religião oficial do Império. A doutrina católica, ao alegar a
liberdade e igualdade de todos os homens e a
12 unidade familiar, provocou transformações radicais nas concepções
de direito e de
estado.
O
desmoronamento das instituições políticas romanas e o fortalecimento do catolicismo
romano desembocaram numa reestruturação social que originou o feudalismo. O
feudalismo caracterizava-se por uma sociedade de forma piramidal e relações de dependência
pessoal, abrangendo em sua cúpula rei e suserano e, em sua base, essencialmente,
o campesinato.
E uma
forte ligação com a terra como fonte de origem social. A forma com que um homem
estava ligado a terra determinava sua condição social.
Essa
relação de dependência pessoal de obrigações mútuas originava-se de ato
sacramental e solene e que apresentava duas vertentes: o vassalo, em troca de
proteção e segurança, inclusive econômica, oferecia fidelidade, trabalho e
auxílio ao suserano, que, reciprocamente, investia o vassalo no benefício,
elemento real e econômico dessa relação feudal.
Na idade
média, em razão das estruturas hierarquizadas das classes sociais, o princípio
da cidadania dilui-se. O relacionamento entre senhores e vassalos dificultava
bastante a definição desse conceito. O homem medieval, ou era vassalo, ou
servo, ou suserano; jamais foi cidadão. Os princípios de cidadania e de
nacionalidade dos gregos e romanos estariam “suspensos” e seriam retomados com
a formação dos Estados modernos, a partir de meados do século XVII.
O advento
do capitalismo e a idade moderna
Com o fim
do feudalismo e a ocorrência da formação dos Estados nacionais, a sociedade,
ainda formada e organizada em clero, nobreza e povo, volta a ter uma
centralização do poder nas mãos do rei, cuja autoridade abrangia todo o
território e era reconhecida como legal pelo povo. Língua, cultura e ideais
comuns auxiliaram a formação desses Estados Nacionais.
Estamos
no advento do absolutismo, incrementado pela Reforma Protestante.
13
“(...)
A Revolução Protestante contribuiu consideravelmente para o incremento da
onipotência real. Ela rompeu a unidade da Igreja Cristã, aboliu a supremacia
papal sobre os governantes seculares, fomentou o nacionalismo, reviveu a
doutrina do apostolo Paulo de que “as autoridades constituídas são determinadas
por Deus” e estimulou os governantes da Europa setentrional a estender sua autoridade
sobre assuntos religiosos, tanto quanto sobre os civis” (MacNall. 1989:
425-426).
A
Revolução Protestante, a Revolução Industrial, o nascimento de uma nova classe
e de um novo modo de produção, mudam a face da Europa.
Mesmo com
governos absolutistas, a aristocracia ainda tinha muita força, o que impedia a
nova classe a liberdade necessária para ampliação de seu mercado e de seu novo
modo de vida que distava do modo de vida da nobreza que era baseado no ócio e
prazeres.
“Entretanto,
o indiscutível ponto de partida para o desenvolvimento dos direitos de
cidadania tem sua localização no século XVIII. Foi quando um país se envolveu
naquela que é considerada a primeira revolução burguesa da história. Falamos
aqui, é claro, da Revolução Inglesa. Uma revolução que se inicia em 1640 e tem
sua conclusão quase meio século depois, em 1688, dando origem ao primeiro país
capitalista do mundo. (MONDAINI, 2006: 116)
Inicia-se
um sério questionamento das distorções e privilégios que a nobreza e clero
insistiam em manter sobre o povo. Desenvolve-se a noção de indivíduo, a
revolução industrial incrementa a ciência e o rompimento com a hegemonia da
Igreja Católica e seus ditames levam a sociedade a um crescente afastamento da
religiosidade e rumo à secularização.
“Os
processos de secularização, racionalização e individualização foram jogando por
terra o tradicionalismo embutido na milenar percepção teológica das coisas, alimentada
pela Igreja Católica Romana.” (MONDAINI, 2006:115).
Não
podemos esquecer da Revolução Francesa em 1789 e a Americana 1776 como fatores
decisivos para fundamentação dos princípios de
14 cidadania que teremos hoje, todas elas ocorridas no século XVIII,
o século do
Iluminismo.
A partir
de então, a legitimidade de uma sociedade hierarquizada fundada em privilégios
de nascença perdeu força, começam a despontar figuras que marcariam a História
da cidadania, como Rousseau, Montesquieu,
Diderot,
Voltaire e outros. Esses pensadores passam a defender um governo democrático,
com ampla participação popular e fim de privilégios de classe e ideais de
liberdade e igualdade como direitos fundamentais do homem e tripartição de
poder. Essas idéia dão o suporte definitivo para a estruturação do Estado
Moderno.
Liberdade,
igualdade e fraternidade. São esses os direitos que vão sintetizar a natureza
do novo cidadão. Essas ideais, esse pensamento este desejo não nasceram do
nada, eles nascem de uma sociedade especifica, com sua estrutura sociopolítica,
cultural e econômica e também não se originam de um dia para o outro. A
revolução não foi simplesmente a obra de alguns homens do século XVIII, mas sim
a culminância de um processo histórico. O mérito da Revolução a acerelou.
As
modernas nações, governos e instituições nacionais surgiram a partir de
monarquias nacionais formadas pela centralização ocorrida no desenrolar da
Idade Moderna. Desde o momento em que o Estado moderno começa a se organizar,
surge a preocupação de definir quais são os membros deste Estado, e, dessa
forma, a idéia atual de nacionalidade e de cidadania só será realmente fixada a
partir da Idade Contemporânea.
Quando
falamos, escrevemos ou pensamos sobre cidadania, jamais podemos olvidar que ela
é uma lenta construção que se vem fazendo a partir da Revolução Inglesa, no
século XVIII, passando pela Revolução Americana e
Francesa
e, muito especialmente, pela Revolução Industrial, por ter sido este que trouxe
uma nova classe social, o proletariado, à cena histórica. Herdeiro da burguesia,
o proletariado não apenas dela herdou a consciência histórica do papel de força
revolucionaria como também buscou ampliar nos séculos XIX e
XX, os
direitos civis que ajudou a burguesia a conquistar por meio da Revolução
Francesa. Ampliando o leque de possibilidades para as chamadas minorias. Contudo
essa história ainda se escreve. 15
A
história da cidadania mostra bem como esse valor encontra-se em permanente
construção. A cidadania constrói-se e conquista-se. É objetivo perseguido por
aqueles que anseiam por liberdade, mais direitos, melhores garantias
individuais e coletivas frente ao poder e a arrogância do Estado. A sociedade
ocidental nos últimos séculos andou a passos largos no sentido das conquistas
de direitos de que hoje as gerações do presente desfrutam.
O
exercício da cidadania plena pressupõe ter direitos civis, políticos e sociais
e estes, se já presentes, são fruto de um longo processo histórico que demandou
lágrimas, sangue e sonhos daqueles que ficaram pelo caminho, mas não tombados,
e sim, conhecidos ou anônimos no tempo, vivos no presente de cada cidadão do
mundo, através do seu “ir e vir”, do seu livre arbítrio e de todas as
conquistas que, embora incipientes, abrem caminhos para se chegar a uma
humanidade mais decente, livre e justa a cada dia.
Bibliografia
EMILIANO,
Jose. História da Cidadania – Uma trilha de lágrimas. Site Pessoal:
Salvador,
jul. 2003. Disponível em http://www.emilianojose.com.br/artigos.php.
Acesso em
7/12/2006.
KOSHIBA,
Luiz; PEREIRA, Denise M. F. História do Brasil. 6.ed. São Paulo:
Atual,
1993.
PEDRO,
A.; CÁCERES, F. História Geral. 2.ed. São Paulo: Moderna, 1996.
PINSKY,
Jaime e PINSKY, Carla Bassanezi. História da Cidadania (orgs) – São
Paulo:
Contexto, 2006.
Parte do
trabalho de Cidadania apresentado na UERJ 2009 pelos alunos: Cândida Maria Ferreira
da Silva, Luciene Souza Matias, Michele Nunes de Morais e Daniel de Paula
Affonso
sábado, 21 de março de 2015
terça-feira, 17 de março de 2015
sábado, 14 de março de 2015
sábado, 7 de março de 2015
EU SOU HOMEM COM H, COM H SOU MUITO HOMEM
Porque em meio as comemorações sobre a mulher
e neste desafio eu resolvi trazer um texto que fala de homem e violência contra
eles? Porque acima dos papéis de gênero postos pela sociedade, somos seres
humanos, somos seres diferentes e não desiguais. Somos seres complementares que
formam a raça humana. A libertação, a equidade para com mulheres, a justiça
para elas, também é para os homens. A superação desses papéis pré-estabelecidos
para homem e mulher é uma libertação para todos e para os homens. Além de
pensar em nossas questões, precisamos também falar sobre os homens, pensar a
questão masculina, falar da violência que sofrem e da formação do papel
masculino em sociedade. Então, vamos lá:
Terminei o curso sobre violência doméstica
entre parceiros íntimos, que incluiu homens como vítima de violência, praticada
por suas parceiras e/ou parceiros.
Me chamou atenção, algo que já
havia refletido, mas, não lido, como se dá a construção da masculinidade. Ora,
assim como não se nasce mulher, mas, tornamo-nos mulher, já dizia Simone de
Beauvoir, também homem não nasce homem, tornar-se homem. Ser mulher e ser homem
não é algo dado, determinado biologicamente, mas, uma construção social,
cunhada por séculos e séculos de ideias e ideologias do ser homem.
Interessante é que o ser homem se
constrói na oposição ao ser feminino, ou seja, tudo que seja “feminino”, ou
“historicamente construído como feminino”: a fragilidade, a emotividade, a
fraqueza, a passividade, a inconstância, a alma cheia de caprichos misteriosos,
o recato, uma certa malignidade inata destruidora dos homens que precisa ser dominada,
sufocada, adestrada. Sendo assim uma mulher sem o governo de um homem, é
desgovernada. Historicamente as mulheres foram seres sem alma, já foram seres
tidos como estúpidos por terem seus cérebros menores, já foram desprezadas
pelos seios e tidas como imundas devido a sua menstruação.
Bem, se a construção do masculino
é em oposição ao que é “feminino”, o masculino então é: a potência, a razão, a
força, a impetuosidade, a conquista, a linearidade da alma, a violência como
uso de conquista e dominância sobre a mulher e sobre outros homens. Homens
dominam pela força, pela inteligência, pela acumulação de riquezas. Homens dominam
tanto mulheres e outros homens. Se assim não for será incapaz.
Não é à toa que em determinadas
sociedades a entrada de um jovem no mundo masculino é precedida de provas que
demonstre sua força, virilidade e coragem. Um homem que não carrega em si esses
adjetivos, não é um homem, é um maricas e essa visão está tão fundamentada
socialmente que as próprias mulheres enfatizam essa construção.
Quando querem praticar violência
contra seus parceiros (entre homens a incidência maior é da psicológica),
mulheres usam preferencialmente atingi-los nesses “marcos de masculinidade”
dizendo-o menos homem ou um homem fracassado. Ou seja, se um homem não for
capaz de dominar pela força, pela inteligência e principalmente hoje pela
acumulação de riquezas, ele fracassou em seu papel masculino para os outros
homens e para com as mulheres, para sociedade enfim que o tem como:
conquistador, provedor e ordenador do espaço também privado, isto é, a casa, a
família.
Para cumprir seu papel social um
homem não pode demonstrar seus sentimentos, ele logo é tachado de efeminado, um
homem precisa “ser um bode”, lembram do ditado “segurem suas cabritas que meu
bode tá solto!”? Ele tem que ser “Macho Alfa”, conquistador, ter experimentado
o sexo e ser experiente sobre o assunto. Ele tem que sobrepor-se a outros
homens, dominar outros homens, seja por sua força, sua inteligência ou sua
acumulação de riquezas. Por isso ele é potência: conquistador, desbravador, dominador.
Por fim, além de dominar e
destacar-se no espaço público, o homem também é o dominador e ordenador do
espaço privado.
Mas, o que acontece quando falham
nesse múltiplo papel de dominância completa. Não são mais homens, falharam em
ser homens. Suas mulheres os violentam psicologicamente porque falharam no
papel destinado a ele, tanto no público, quanto no privado.
Ser um homem na multidão é ser
menos homem. Ser um homem desprovido de potência, inteligência, dinheiro, é ser
menos homem. Um negro é menos homem, a não ser que conquiste as dominâncias dos
brancos, ou assuma o estereotipo da hirpersexualidade, sua ferocidade, a mítica
do pênis grande, do negão. Então ele será homem pela conquista da sexualidade
potente e até mesmo desgovernada.
Contudo, faz bem aos homens terem
que corresponder a essas expectativas sociais? Comecemos por um fato simples, a
falta de cuidado com a saúde, a maioria dos homens são descuidados com a saúde,
não querem ir ao médico, porque seria um sinal de fraqueza, a (des) potência. E
quando vão por vezes é tarde demais.
A competição de “macho alfa”
acaba furtando alguns homens de conhecer e relacionar-se intimamente com uma
mulher. Aquele que conhece muitas mulheres, na verdade, não conhece nenhuma.
A busca da dominância no espaço público
acaba por reverberar em violência. Porque humilhado por outro homem que tem
sobre ele poder, não podendo ser o dominante por questões de dinheiro, status
social, saber, alguns homens buscam a dominância da forma mais primitiva: a
força. Contra outros homens e no espaço doméstico, contra mulher e filhos. Uma
das várias explicações para a Violência de Gênero.
Se falhou na ordenação, provisão
e dominância da casa, então falhou mais ainda na sua masculinidade. É interessante
notar como a sociedade observa isso, ou seja, uma casa sem “autoridade de homem”
é uma casa sem governo, frágil, “aberta a bagunça”, “aberta a conquista de
outro homem ou homens”, “as mulheres desgovernadas e a disposição”.
Pergunto: ser homem é isto mesmo?
Esses papéis “postos” para nós tem feito bem a humanidade, as sociedades? Ao homem
e a mulher?
Há mesmo uma única maneira de ser
homem, uma única maneira de ser mulher? Ou muitas e variáveis maneiras de ser
homem e ser mulher conforme cada indivíduo?
Então é hora de repensarmos
nossos papeis, e também na educação que damos aos filhos: meninos e meninas. Se
queremos uma nova sociedade, passa no repensarmos no papel social de homens e
mulheres. O feminismo também fala ao homem. A mudança do papel feminino, os
questionamentos sobre as questões de gênero, também fala sobre os homens. A
revolução começada na queima dos soutien também fala dos homens.
Então vamos falar sobre isso?
Vamos falar do é ser homem? Será que ser homem é isso mesmo ou existe outra
forma ou outras formas de se construir socialmente como homem e mulher em
nossas sociedades?
Com a palavra os homens....
Cândida Maria Ferreira da Silva
sexta-feira, 6 de março de 2015
CUIDADO, MUITO CUIDADO
Um dia li um poema da Elisa Lucinda, que falava sobre ter cuidado com essa gente que sangra (mulher) vou pegar emprestado a ideia para o poema desafio de hoje Eliana Castela
Cuidado menino, muito cuidado
Com essa gente que sangra
E tem fases como lua.
Um dia está escondida, no outro é toda tua.
Cuidado menino, muito cuidado
Com essa gente que sangra
E tem fama milenar de feiticeira
Ela encanta, desencanta
Faz sortilégios e maléficios
Mas, pode ser que por capricho
Invente uma poção de amor.
Cuidado menino, muito cuidado
Com essa gente que sangra
Podem ser lagoas serenas
Ou mares revoltos
Pode ser suave brisa ou tempestade temerosa.
Cuidado menino, muito cuidado
Com essa gente que sangra
Elas guardam o mistério no ventre
Geram vidas,
Dão luz nas trevas da humanidade
Elas amamentam, elas acalentam
E seu corpo é mistério divino.
Cuidado menino, muito cuidado
Com essa gente que sangra
Os peitos que amamentam
São também os que dão prazer
Num abraço de braços e pernas
Nela você pode se perder.
Cuidado menino, muito cuidado
Com essa gente que sangra
Ela é filha de Eva,
Tentação
Ela é filha de Lilith,
Demônio destruidor
Ela é filha de Deus
Graça e paz perene.
Cuidado menino, muito cuidado
Com essa gente que sangra
Ela pode ser o caminho da sua mais profunda perdição
Ela pode ser o caminho do seu mais profundo encontro
Sua queda, seu levantar.
Por isso menino, cuidado
Cuidado com essa gente que sangra
Não brinque com elas
Ela pode ser sua gatinha manhosa
Ou a besta fera a lhe trucidar.
Cuidado menino, muito cuidado
Com essa gente que sangra
E tem fases como lua.
Um dia está escondida, no outro é toda tua.
Cuidado menino, muito cuidado
Com essa gente que sangra
E tem fama milenar de feiticeira
Ela encanta, desencanta
Faz sortilégios e maléficios
Mas, pode ser que por capricho
Invente uma poção de amor.
Cuidado menino, muito cuidado
Com essa gente que sangra
Podem ser lagoas serenas
Ou mares revoltos
Pode ser suave brisa ou tempestade temerosa.
Cuidado menino, muito cuidado
Com essa gente que sangra
Elas guardam o mistério no ventre
Geram vidas,
Dão luz nas trevas da humanidade
Elas amamentam, elas acalentam
E seu corpo é mistério divino.
Cuidado menino, muito cuidado
Com essa gente que sangra
Os peitos que amamentam
São também os que dão prazer
Num abraço de braços e pernas
Nela você pode se perder.
Cuidado menino, muito cuidado
Com essa gente que sangra
Ela é filha de Eva,
Tentação
Ela é filha de Lilith,
Demônio destruidor
Ela é filha de Deus
Graça e paz perene.
Cuidado menino, muito cuidado
Com essa gente que sangra
Ela pode ser o caminho da sua mais profunda perdição
Ela pode ser o caminho do seu mais profundo encontro
Sua queda, seu levantar.
Por isso menino, cuidado
Cuidado com essa gente que sangra
Não brinque com elas
Ela pode ser sua gatinha manhosa
Ou a besta fera a lhe trucidar.
quinta-feira, 5 de março de 2015
VIVOS ETERNAMENTE
Gente Bom dia...Pensando na morte. Infelizmente o Evancangelho que ta por aí só ajunta tesouros na terra, e não mais no céu. A gente perdeu essa noção da morte não como morte e sim vida. Ora vida eterna já temos em Cristo Jesus quando cremos n'Ele, mas, quando ela se torna plena? Quando somos libertados do nosso tabernáculo, como diz Paulo, ou seja nosso corpo e retornamos ao Senhor e n'Ele nos plenificamos. Esse é o premio da nossa vocação, nos plenificar em Cristo, vê-lo face a face, conhecer como somos conhecidos, estar nos braços do nosso maior Amor e a razão do nosso viver. Quando minha mãe partiu foi o que disse ao corpo morto dela. Você não esta´mais aqui. você agora esta VIVA diante do Senhor a quem tanto amou. A dor da perda é viva. Porque morrer é antinatural, não nascemos para morrer. Quem fica sente uma dor devastadora, os amigos sentem a dor junto, mas, eu posso dizer, como alguém que já viveu isso. O Espirito Santo consola de forma extraordinária. E ninguém deve seguir aquelas regras ridículas de igreja: não chorar, não esbravejar...mentira...Chore muito, chore de saudade, chore de raiva de Deus, questione Deus, reclame com Ele, fique inconformado, xingue Deus, faça tudo...alivie sua raiva e sua dor. Deus compreende e no tempo certo Ele dará a resposta, de que Ele soberano, de somos mortais e de que aquele seu ente querido que partiu está em paz com Ele e que agora Ele vai caminhar com você nesse deserto de luto.
É preciso entender que somos mortais...o nosso dia chegará, para uns na infância, as vezes bbs, para outros adolescentes, para outros jovens, e para alguns bem velhinhos, não há como prever. Só o Senhor sabe quem de nós ouvirá: Lá vem o noivo e lá vamos nós com Ele. É nossa condição. Por isso vivamos o hoje, não o ontem e nem o amanhã. Sejamos servos fieis do Evangelho agora, amemos agora, passeemos agora, perdoemos agora, nos convertamos agora, deixemos as coisas pequenas e juntemos tesouros de Graça nos céus AGORA! Porque logo o Senhor nos chama. E como uma lapide que vi numa foto, de uma americana que dizia em inglês: Jesus chamou e ela respondeu (e tinha foto dela no telefone). A qualquer momento A voz que diz: Eis o noivo pode ser ouvida e nós vamos com Ele e viveremos eternamente. Um dia todos estaremos juntos naquela grande bodas do Cordeiro e nunca mais nos separaremos. E aquele que foi é preciso dizer continua vivo: na casa de meu Pai há muitas moradas. Vivo numa outra dimensão, aguardando o Grande Dia em que todos nos reuniremos ao Senhor em Sua vinda. Que o Senhor mantenha viva em nós a chama de olhar para o alto, para o premio soberano: Estar com Ele finalmente!
É preciso entender que somos mortais...o nosso dia chegará, para uns na infância, as vezes bbs, para outros adolescentes, para outros jovens, e para alguns bem velhinhos, não há como prever. Só o Senhor sabe quem de nós ouvirá: Lá vem o noivo e lá vamos nós com Ele. É nossa condição. Por isso vivamos o hoje, não o ontem e nem o amanhã. Sejamos servos fieis do Evangelho agora, amemos agora, passeemos agora, perdoemos agora, nos convertamos agora, deixemos as coisas pequenas e juntemos tesouros de Graça nos céus AGORA! Porque logo o Senhor nos chama. E como uma lapide que vi numa foto, de uma americana que dizia em inglês: Jesus chamou e ela respondeu (e tinha foto dela no telefone). A qualquer momento A voz que diz: Eis o noivo pode ser ouvida e nós vamos com Ele e viveremos eternamente. Um dia todos estaremos juntos naquela grande bodas do Cordeiro e nunca mais nos separaremos. E aquele que foi é preciso dizer continua vivo: na casa de meu Pai há muitas moradas. Vivo numa outra dimensão, aguardando o Grande Dia em que todos nos reuniremos ao Senhor em Sua vinda. Que o Senhor mantenha viva em nós a chama de olhar para o alto, para o premio soberano: Estar com Ele finalmente!
quarta-feira, 4 de março de 2015
domingo, 1 de março de 2015
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