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sábado, 30 de maio de 2015

CARREGUE SUA CRUZ!


"Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;" Mateus 16.24
Hoje posto o meu ultimo versículo do desafio proposto pelo meu mano véiEduardo Ferreira da Silva Ferreira da Silva, a galera que convidei não deu continuidade, pena....mas eu gostei e acho que vou prosseguir postando versículos e comentando sobre eles.
O de hoje me fez lembrar sobre uma conversa que tive com minha manaMarcia Cristina Fernandes , sobre o Fabio de Melo e uma ministração que, segundo ela, ele fez nesta passagem.
À época lembro ter perguntado a minha mana o que Jesus queria dizer com: carregar sua cruz.
Normalmente e eu mesma já ministrei nesse ponto de vista entendemos o "carregar a cruz" como nossas lutas, tribulações, perseguições...Mas, eu comecei a pensar, em Isaías 53 o texto diz que Jesus levou sobre si as nossas dores, nossas enfermidades e o castigo que nos trás a Paz estava sobre Ele e que por suas pisaduras somos sarados.
Jesus nos convida a trocar nosso jugo, que nos deixa cansados, pelo seu fardo que é leve.
Ora se Jesus consumou na Cruz a nossa condenação rasgando a cédula que havia contra nós e agora não temos condenação sobre nós, que cruz é essa?
Os apóstolos Paulo, Pedro e Tiago (irmão do Senhor) nos exortam a nos alegrarmos, a nos regojizarmos, pelas tribulações e lutas que passamos na vida. Onde então está a cruz?
A primeira ordem nesse versículo é: RENUNCIE A VOCÊ MESMO! Essa é a primeira ordem...seguir Jesus requer renuncia da construção fantasiosa que fiz de mim mesmo através da sociedade, da cultura familiar e de meus desejos internos. É um despir-se para encontrar sua verdadeira identidade em Deus, aquela que Ele projetou para nós e que já somos/ainda não sendo.
E como se dá essa renuncia? Na cruz...
Paulo afirma que esta crucificado em Cristo, vivendo não mais ele, mas, Cristo vivendo nele.
Essa é a cruz que tomamos todos os dias: a cruz onde crucificamos o nosso si mesmo, pois todos os dias somos levados ao matadouro. A cruz onde pregamos a sarquê (carne) a nossa natureza inimiga de Deus, que não pode ser minimizada, escondida, mas precisa morrer na cruz e isso é todo dia, por isso todo dia a cruz é o lugar de morrer: orgulho, inveja, mentira, cobiça, maledicência, ira, inimizades, prostituição, todas as obras da carne já listadas por Paulo.
Não estou falando de moralidade gente, nem de moralismos, nem de santidades performáticas de mulheres vestidas de mortalha, e sinais de espiritualidade com rodopios, "línguas", pulos, gritos e coisas desse tipo (que tem mais haver com histeria do que com espiritualidade).
Estou falando de consciência do Evangelho que nos faz perceber nossa humanidade e dependência da Graça de Deus. É essa consciência, essa dependência, que nos faz renunciar e crucificar todos os dias o nosso si mesmo, a nossa identidade falsificada para que encontremos a identidade que Deus já nos deu e construiu.
Por isso santidade não é performática, nem externa, nem de roupas, nem de atividades, prodígios, milagres, nem de culto, nem de suposta línguas estranhas, nem rodopio, nem sapateio, nem de urros, nem de sopro...não...
Santidade é a construção paulatina de nossa identidade em Deus, enquanto na cruz morremos todos os dias, cada dia, cada experiencia, cada deserto, cada vale, cada montanha escarpada, cada momento solitário, cada fornalha, para nossa identidade mentirosa, fantasiosa, falsa.
Carregar a cruz....pregar-se com Cristo nela cada dia, a cada amanhecer...e assim seguir....
Candida Maria Ferreira da Silva


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